Cheguei na casa da minha
mãe e pude ver quadro com foto das crianças espalhados pela sala, brinquedos,
casacos, estava uma bagunça. Andei por aquela bagunça e escutei vozes vindo do
andar de cima, subi até lá e encontrei Jay sentado em um banquinho, ele estava
recebendo sermões da minha mãe. Fiquei em pé na porta e em silencio, apenas
observando, mas ele notou minha presença.
- Ta vendo vó – ele disse –
você sempre liga pro Justin e acha que ele vai resolver tudo.
- Ei, ei – eu disse –
Justin não moleque, eu sou seu pai
- Você diz ser meu pai,
mas não faz seu papel – ele praticamente cuspiu essas palavras na minha cara.
- Mamãe, me deixa sozinho
com ele – eu disse para minha mãe, que estava em pé observando tudo.
- Justin, por favor, não
bate nele – ela pediu
- O filho é meu e eu sei o
que eu faço com ele – respondi rude
Minha mãe mandou uma
ultima olhada para mim e para o Jay e saiu, eu estou pra explodir e se eu pegar
o Jay eu vou resolver o problema dele na bala, porque esse moleque já ta de
tiração comigo.
- Vai Jay, começa a se
explicar – eu disse me sentando em sua frente.
- Não tenho problema
nenhum e mesmo que eu tiver, eu mesmo resolvo, porque dos meus problemas cuido
eu – ele disse todo mal-criado.
- Olha aqui muleque –
segurei forte seu maxilar, forçando ele a olhar pra mim – não vem se crescer
pra cima de mim, porque pra mim você é nada, em um piscar de olhos eu te apago –
disse rude.
- EU QUERO A MINHA MÃE –
ele disse gritando e andando para o outro lado do quarto – eu quero a minha mãe
pai – disse sussurrando – eu não aguento mais, ninguém me diz nada dela, ela me
deixou é isso? Ela não gosta mais da gente e foi embora? – perguntou ele com os
olhos marejados.
- Não filho – respondi tentando
acalmar ele – sua mãe nunca faria isso, você é a vida dela, ela lutou tanto por
você, ela jamais te abandonaria.
- Então o que aconteceu?
Porque ela não vê mais a gente? – perguntou – Responde pai.
- Jay é complicado –
tentei explicar – dizem que sua mãe morreu, mas eu não acredito nisso, eu sei
que ela deve estar viva em algum lugar, só temos que saber onde.
- Nem você sabe onde minha
mãe ta pai – disse indignado – eu quero ajudar, eu quero a minha mãe.
- Você não pode se envolver
nisso Jay, é perigoso.
- Pai, você também
abandonou a gente né? Você nem vem nos ver, eu vejo a Jazmyn chorando a noite.
- Me desculpa Jay, mas pra
mim também não esta sendo fácil.
- Pai leva a gente de
volta pra casa, por favor.
- Eu não sei Jay, eu vou
pensar.
Me levantei e sai dali,
aquilo não era fácil, eu não tinha Mitchel que nem antigamente. O único problema
do Jay era a falta que ele sentia da Mitchel, os dois eram grudados, eram unha
e carne e de repente Mitchel some assim. Eu entendo ele e sei que eu estou
sendo um péssimo pai, eu deveria estar do lado deles, apoiando eles, mas o
problema é que nem eu sei lidar com meus problemas, eu não saberia me dar com
os problemas deles. O problema é que eu não nasci pra ser pai, isso é difícil demais,
se eu voltasse no tempo eu faria tudo diferente, não estaria passando por isso.
Desci as escadas e entrei
no escritório que eu tinha ali na casa da minha mãe, me sentei na poltrona e
apoiei meus cotovelos na mesa, escondendo meu rosto entre as mãos. A culpa
disso tudo estar acontecendo é minha, se eu não tivesse deixado ela se entregar
no meu lugar, agora ela estaria aqui, junto com as crianças e comigo. Mas não,
eu a deixei ir em meu lugar e agora minha vida se tornou um inferno.
Me levantei da mesa e
comecei a quebrar tudo, joguei tudo que tinha na mesa no chão, as lagrimas de ódio,
de tristeza, raiva, angustia, solidão, de muitos sentimentos misturados, escorriam
pelo meu rosto. Soquei a parede e logo a porta foi aberta, era as meninas
entrando, Cher, Jazmyn e Jazmyne.
- Oi papai – disse Jazmyn
toda feliz, tentando me abraçar
- FIQUEM LONGE DE MIM –
gritei a assustando.
Elas recuaram e ficaram em
pé encostada na parede, elas estavam assustada e com medo, eu podia ver isso
pelo olhar delas. Mas eu estava descontrolado, eu queria apenas sumir, esquecer
da minha vida toda. Esquecer de carregamentos, esquecer de Mitchel, de filhos,
esquecer que um dia eu já tive vida, porque agora é somente minha alma que vaga
sem direção.
Minha mãe entrou no escritório
e olhou para as meninas, ela olhou pra mim assustada e entrou na frente das
meninas, em um gesto de proteção.
- JUSTIN O QUE VOCÊ ESTA
FAZENDO? – gritou – OLHA O ESTADO DAS SUAS FILHAS.
- ME DEIXA EM PAZ MÃE –
gritei de volta
Eu precisava reverter essa
situação, eu não poderia acabar com a minha vida, principalmente com a vida dos
meus filhos, eles não pediram para nascer e muito menos estar nessa situação,
eles se sentem como cegos em meio ao tiroteio e
eu não quero isso pra eles. Se for pra sermos derrotados, seremos
derrotados juntos e se formos pra vencer, venceremos juntos, é isso. Somos uma família.
- Mãe coloca as crianças
no carro – pedi me acalmando.
- O que? Porque? –
perguntou – O que você vai fazer com elas?
- Eu não vou fazer nada,
apenas coloque eles no carro.
Ela tentou recuar mas logo
cedeu, levou as crianças para fora do escritório. Abri o cofre e peguei metade
do dinheiro que eu guardava ali. Peguei uma mala e coloquei o dinheiro, peguei
uma mochila e coloquei as armas dentro. Sai do escritório carregando tudo para
o lado de fora.
No lado de fora da casa pude ver que as meninas já estavam no
banco de trás com cadeirinha e Jay estava no banco da frente e tinha uma pose
de poderoso chefão, esse é um Bieber.
Coloquei as malas no
porta-malas e me despedi da minha mãe com apenas um sorriso. Entrei no carro e
dei partida, Jay ligou o radio e fomos escutando Lil Wayne enquanto as meninas
brincavam de boneca.
☆ Mitchel Parker ON ☆
Eu virei aquele homem, ele
era lindo, tinha os olhos claros e cabelos loiros, ele tinha um machucado na
testa e estava desacordado. Sua camiseta estava rasgada e eu pude ver que ele
tinha alguns ferimentos no corpo e tinha algumas tatuagens no braço. Balancei
ele um pouco mas ele não acordou, fiz uma concha com as mãos e enchi da agua do
mar e joguei no rosto dele, ele acordou tossindo muita água.
Ele me olhou assustado e
passou as mãos na frente dos olhos, ele se levantou lentamente e olhou em volta
e logo seu olhar parou em mim novamente.
- Onde eu estou? – ele perguntou;
- Você esta em uma ilha
deserta – respondi
- E quem é você? Como
cheguei aqui? – fez perguntas outra vez.
- Eu sou Mitchel Parker e
você chegou aqui desacordado em uma canoa, mas não sei o que você esta fazendo
aqui – respondi – mas e você? Como se chama?
- Sou John – respondeu –
eu não sei o que eu to fazendo aqui, mas eu preciso ir embora.
- Não dá, eu estou aqui a
2 anos eu acho, não sei quanto tempo estou aqui, mas sei que é muito e até hoje
não consegui ir embora, e nem ajuda me
aparece.
- Nossa, eu não quero
ficar aqui tanto tempo – disse assustado e logo em seguida gemeu de dor.
- Vem, vamos cuidar desses
seus machucados – eu disse me levantando e o ajudando a levantar.
Continua...
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Então, o que acharam? Continuo com muitos reviews....
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@SouljaGirll